Corpo de Bin Laden foi chamado de "pacote" em e-mails americanos




Detalhes do funeral marítimo de Osama bin Laden em 2011 foram revelados após a agência de notícias Associated Press obter acesso a e-mails trocados entre militares americanos sobre o assunto.

E-mails criptografados descreviam o corpo de Bin Laden como "pacote" a ser entregue pelo serviço postal americano FedEx.

A agência fez a requisição pelos e-mails com base na lei da liberdade de informação americana.


As mensagens, que tiveram muitas de suas partes cortadas, são as primeiras informações divulgadas publicamente sobre o funeral do polêmico líder da Al Qaeda. Elas ressaltam o grau de segredo que envolvia a missão.

Bin Laden morreu em maio de 2011, após um ataque americano no Paquistão, numa missão conjunta da CIA (inteligência americana) e do governo local.

No dia 2 de maio, um dia após sua morte, um e-mail descrevia como o corpo de Bin Laden havia sido preparado para o funeral. Ele foi lavado, conforme o ritual islâmico de ablução, enrolado em um lençol branco e então colocado num compartimento pesado.

Nenhum marinheiro do navio americano Carl Vinson, que levou o corpo para alto-mar, esteve presente durante a leitura dos ritos islâmicos.

"Um oficial militar leu palavras religiosas, que foram traduzidos para o árabe por um falante nativo da língua", dizia um e-mail enviado no dia 2 pelo almirante Charles Gaoette.

"Depois das palavras, o corpo foi colocado numa tábua lisa preparada, virado para cima, e então deslizado até o oceano."

Os e-mails foram entregues à Associated Press pelo Departamento de Defesa americano. A agência também pediu fotografias e vídeos do ataque que matou Bin Laden e de seu funeral, mas não foi atendida pelo órgão.

O departamento disse que não encontrou arquivos relativos ao ataque e que nenhum registro foi feito no funeral.

O Pentágono também negou pedidos da agência, dizendo que não havia certidão de óbito, relatórios de autópsia e resultados de teste de DNA para comprovar a identidade do corpo.

Fonte: Folha de São Paulo/Cidade News Itaú

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