Temer janta com Armínio Fraga e Aécio Neves em São Paulo


O vice-presidente da República, Michel Temer, jantou nesta segunda-feira (18), em São Paulo, com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e com o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, segundo a jornalista Miriam Leitão relatou no Bom Dia Brasil. Eles debateram o cenário da economia do país. Como Fraga já havia dito que não aceitaria cargo no governo, não houve convite de Temer para ele integrar um eventual governo caso a presidente Dilma Rousseff sofra o impeachment.

Temer viajou para a capital paulista, onde tem casa e escritório, na manhã da segunda-feira, horas após a Câmara ter votado pelo prosseguimento do processo de impeachment. O caso agora está com o Senado. Se os senadores decidirem acolher o processo, Dilma é afastada e Temer assume até a votação final.

De acordo com Miriam Leitão, no jantar, o vice estava interessado em ouvir as análises de Fraga. O ex-presidente do BC traçou um quadro preocupante sobre a situação fiscal brasileira e defendeu que o governo estabeleça metas de superávit primário crescentes e aceite estabelecer em lei um limite pra a dívida pública.

Durante todo o tempo que falou, Armínio alertou o vice presidente para a gravidade da situação econômica e chegou a dizer: "isso é uma emergência".

Temer tem analisado outros nomes para um eventual governo, como o do senador José Serra (PSDB-SP), que tem forte tendência fiscalista no trato das contas públicas. Outro nome que vem sendo cogitado é o do economista Murilo Portugal, que serviu a vários governos, foi secretário do Tesouro no governo Fernando Henrique Cardoso e foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, está na Febraban.

Henrique Meirelles, ex-presidente do BC no governo Lula, também é lembrado com frequência. Outro nome que está em todos os estudos de montagem de equipe de um possível governo Temer, para a área social, é o do ex-deputado e ex-ministro Roberto Brant.

Ao longo da tarde, no escritório em São Paulo, Temer recebeu aliados, comos o ex-ministros do governo Dilma Moreira Franco e Thomas Traumann.